Desde de a Libertadores da América de 1984 que as quatro melhores equipes da competição não são formados por antigos campeões. Naquela ocasião, compunham os semi-finalistas: Independiente (campeão), Grêmio (vice-campeão), Flamengo e Nacional.
Após 25 anos, a atual edição da Libertadores contará com quatro participantes nas semi-finais que já levantaram o caneco em outras ocasiões. São eles: Grêmio, Cruzeiro, Estudiantes e Nacional.
Ao todo são 10 títulos continentais: três para o Estudiantes, três para o Nacional, dois para o Grêmio e dois para o Cruzeiro.
Grêmio e Cruzeiro farão um confronto muito equilibrado. O jogo de ida, no Mineirão, será o principal fator dessa disputa. Historicamente, o Cruzeiro leva a melhor sobre o Tricolor quando joga em seus domínios. De um lado, um time que toca bem a bola e é veloz (Cruzeiro), do outro um time que tem como ponto forte o conjunto e a pegada, mas que também consegue tocar bem a bola (Grêmio). O treinador cruzeirense, Adílson Batista, geralmente modifica o seu time para tentar ludibriar o treinador adversário. Por isso, ele é chamado de "Professo Pardal" pela imprensa local. Esse é um ponto a favor do Grêmio, que tem o Paulo Autuori como treinador. Autuori, por sua vez, preza pela manutenção do time, ou seja, o Grêmio que vem jogando certamente será o mesmo que jogará as semi-finais, salvo lesões ou expulsões. A defesa gremista é bem melhor que a cruzeirense. O meio-de-campo do time mineiro é mais técnico do que o do time gaúcho, que tem mais pegada que o outro. O ataque é bastante igual tecnicamente, mas o Kléber, do Cruzeiro, consegue desequilibrar as partidas - isso se ele não for expulso durante o jogo. As ausências de Victor, por parte do Grêmio, e Ramires, por parte do Cruzeiro, são algo a se lamentar, pois esses estão a serviço da seleção brasileira.
Estudiantes e Nacional farão um confronto entre argentinos e uruguaios, respectivamente.
Portanto, é de se esperar que saia faíscas desse embate. A equipe de La Plata está para conseguir algo inédito no futebol sul-americano, digna de times de grande porte, que é ser finalista da Copa Sul-americana e no ano seguinte ser finalista da Libertadores, que é a primeira divisão da América. Pela sua frente está o Nacional, que é, ao lado do Grêmio, a única equipe invicta no certame sul-americano. O time uruguaio passou a duras penas pelo Palmeiras, escapando de perder no estádio Centenário por pura sorte. O "orgullo nacional", como o Estudiantes está sendo apelidado pelos jornais argentinos, deverá fazer júz ao peso que é representar a sua pátria e, com o futebol de alto nível do Verón, deverá passar fácil pelo também tri-campeão Nacional.
A propósito, a finalíssima será entre Grêmio e Estudiantes.
O QUE VOCÊ ACHOU DA DEFINIÇÃO DAS SEMI-FINAIS?
2 comentários:
olha só: é a primeira vez que só ex-campeões disputam as semifinais. Em 1984, seis times disputaram os dois triangulares - entre esses seis, estava o Universidad Los Andes da Venezuela.
abraços!
Bah, Luis. Que erro eu cometi, mas esse é o preço por usar o wikipédia para pesquisas como essa... Valeu pela correção, pois isso só aumenta a importância dessas semi-finais, as melhores da história da Libertadores na minha opinião.
Abraço.
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