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sábado, 24 de julho de 2010

Um Recomeço com Mano


A CBF tomou o primeiro passo para a conquista do Mundial de 2014. A contratação de um treinador sério, competente e, acima de tudo, estudioso do futebol jogado atualmente.

Uma das marcas do Mano Menezes é a de estar em constante aperfeiçoamento. Antes de virar técnico de futebol, Menezes fez vários estágios com profissionais consagrados, como Paulo Autuori. Já no Grêmio, seu primeiro grande desafio, ele curtiu as férias aprimorando seu conhecimento ao estagiar com Arsene Wenger, técnico do Arsenal, na Inglaterra.

E foi justamente na visita à terra da Rainha que Mano Menezes captou como o futebol atual deve ser jogado. Desde o Grêmio de 2006, ele só vem jogando da mesma maneira: no esquema 4-5-1 com variações para o 4-3-3.

Num primeiro olhar em cima dos times montados por ele, pensamos que ele é defensivista demais por escalar somente um centroavante. Isso é um engano. Os meias que jogam pelos lados do campo fazem um vai-vem muito importante e se juntam muitas vezes ao ataque. Além disso, dá solidez ao meio-de-campo, o setor mais importante de um time de futebol, sob o ponto-de-vista do Mano Menezes.

Usando estratégias diferenciadas, Menezes obteve resultados importantes sob o ponto-de-vista estratégico. Fez do Grêmio o melhor time do RS em 2006, ano em que o Inter erguia a taça de campeão mundial. Ainda naquele ano, ficou em terceiro lugar no campeonato nacional e atingiu o melhor ataque da competição. Em 2007, se tornou finalista da Libertadores ao passar pelos badalados São Paulo e Santos. Pelo Corinthians, foi campeão da Copa do Brasil com um time perfeitamente ajustado, com um decadente Ronaldo no ataque e dois atacantes de velocidade recuados para jogar no lado do campo. Desse jeito, derrotou o favorito Internacional.

Uma Seleçao à la Mano Menezes se a Copa do Mundo fosse amanhã: (apenas com jogadores do território nacional)



No banco de reservas: Fábio(goleiro), Alex Silva(zagueiro), Léo Moura(lateral), Elias(volante), Giuliano(meia), Neymar(atacante), Diego Tardelli (atacante).


QUAL SERIA A SELEÇÃO BRASILEIRA NA SUA OPINIÃO?

domingo, 30 de maio de 2010

Entrevista com Luiz Carlos Reche

Jornalista de origem humilde, nascido na cidade de Lagoa Vermelha, interior do RS, Luiz Carlos Reche fez a alegria dos jovens estudantes de jornalismo da PUC-RS em entrevista coletiva organizada pelo professor Juremir Machado da Silva. De maneira leve e engraçada, Reche respondeu às mais variadas perguntas dos aprendizes. Revelou a sua história de vida sem nenhum pudor. Relatou o início de sua vitoriosa carreira como repórter esportivo de rádio, posição que ocupa ainda hoje apesar de ser o chefe do setor de esportes da rádio Guaíba. E ainda projetou o seu futuro como comunicador, dando sinais de que mudanças na sua carreira podem ocorrer em breve.

Grande parte dos entrevistadores aproveitou a oportunidade para saber um pouco mais sobre o assunto Copa do Mundo. Repórter esportivo há mais de 25 anos, Reche já fez cobertura jornalística em cinco Copas. Irá para a sua sexta participação agora em junho. E sobre essa edição do evento girou a maior parte da entrevista. “Estamos nos preparando muito. A Guaíba é a única rádio do RS que esteve em todas as Copas do Mundo”, disse o jornalista. Famoso por bater de frente com a concorrência, Reche fala sobre a sua relação com a RBS e a Rede Globo. “Eles é que têm medo de mim. Sou um polvo. É como se eu tivesse vários tentáculos os incomodando. Sou uma espécie de Guiñazú marcando território”, comenta. Reche garante que para se dar bem no jornalismo, o profissional tem de ser persistente e corajoso para enfrentar com esforço e dedicação as intempéries da profissão. “Chego às 06h30min ao treino da Seleção, mesmo que ele tenha início às 8 horas”, relevou o vencedor de cinco prêmios ARI. Como um torcedor, Reche vibra para que chegue o dia em que alguma emissora ultrapasse o poder da Rede Globo. Ele credita que a Record tem bala na agulha para atingir esse feito.

Luiz Carlos Reche deixou de lado por alguns instantes a sua imparcialidade profissional para dar a sua opinião sobre a Seleção do Dunga. Como de costume, Reche vai “contra a maré” ao elogiar o trabalho efetuado até então pelo capitão do Tetra. Para Reche, Dunga vem fazendo um excelente trabalho no comando técnico da equipe. Por isso, tem o seu apoio. Nem mesmo assim deixa de dar alguns pitacos: “Eu levaria o Ronaldinho e o Ganso. Eles entrariam no lugar de Kléberson e Ramires. Levaria o Ganso porque ele joga muito. É craque mesmo. Já o Ronaldinho deveria ir para calar de vez alguns críticos. Ele nem precisaria entrar em campo”. Fã confesso do futebol-arte, Reche não titubeou ao revelar qual a sua Seleção Brasileira favorita. “É a de 1982, apesar dela não ter vencido. Para começar, tinha um bom goleiro e os ótimos laterais Júnior e Leandro. Além disso, tinha os craques do meio para frente que todos conhecem”, disse com um olhar apaixonado. E completa ao falar porque não escolheu a Seleção campeã de 1970: “Essa tinha o Pelé, mas a zaga era muito ruim. O lateral Everaldo (que há época pertencia ao Grêmio) era apenas razoável”. A respeito da Copa do Mundo de 2014, que será realizada no Brasil, Reche se mostrou bastante otimista. “Não tem como sair errado. Por mais que no Brasil as coisas aconteçam de forma estranha, a FIFA faz muitas exigências. Eles são muito chatos para esse tipo de coisa mesmo”, comenta o colunista dominical do jornal O Correio do Povo.

Como não poderia deixar de ser, a vida e a carreira de Luiz Carlos Reche também foram alvo de perguntas dos estudantes de jornalismo. Antes mesmo de ingressar na faculdade, Reche já trabalhava. Durante muitos anos, vendeu pastéis ao lado de sua mãe e ainda trabalhou em um boliche. O gosto pelo rádio surgiu antes das aulas de jornalismo, apesar de ter havido um salto a partir delas. Ele já possuía experiências anteriores no assunto. “Fui orador na escola e na igreja. Foi na Famecos (unidade da PUC-RS em que se estuda Comunicação Social) onde recebi maior apoio para seguir a carreira de radialista. O incentivo dos professores foi essencial. Logo no início da faculdade, consegui uma vaga de estágio na Rádio Guaíba, como um rádio-escuta. Fui entrando no meio e gostei”, diz o sempre sorridente radialista.

Faz parte da vida de todo profissional da imprensa a ocorrência de mudanças e reviravoltas. Na vida profissional de Reche, isso ocorreu muitas vezes. E ele sempre foi capaz de lidar bem com essas situações. O comando das grandes corporações está nas mãos de diretores que, na maioria das vezes, nunca trabalharam numa redação de jornal. O mérito deles está na obtenção de lucros, sem se importar com os funcionários e com a qualidade de que o público tanto necessita. A Rádio Guaíba tem por tradição, desde que surgiu na década de 50, o zelo pela qualidade. Nos últimos tempos, esse caráter tem sido deixado de lado pela Rede Record, atual proprietária da emissora. Indagado se o espaço do futebol poderia sofrer mudanças dentro da Guaíba após a Copa do Mundo, Reche deixou-se levar pela emoção e, sem poder responder com exatidão à pergunta, deixou no ar a resposta ao dizer que não é ele quem decide, e sim os membros da diretoria. Mesmo sem preconizar o futuro do rádio-jornalismo esportivo na Guaíba, Reche sugere que haverá mudanças. “Acredito que ocorrerão algumas mudanças sim. E elas serão para o melhor da emissora e da empresa que a controla. É necessário entender o lado deles também”, comenta. Desde sempre, Reche soube resguardar a importância do futebol na programação da emissora em que trabalha há mais de 25 anos. Conquista diversos contratos publicitários que bancam o seu conteúdo predileto. Especulações de que a Guaíba venha a seguir uma programação de cunho popular não afetam o confiante Luiz Carlos Reche, que se diz tranqüilo quanto ao seu futuro profissional. “Além de ser jornalista, considero que é preciso entender um pouco de vendas. É assim que consigo o que eu quero. Hoje, tenho um programa televisivo de debates entre entendedores de futebol chamado Cadeira Cativa, com vários anúncios que pagam o programa. Além disso, evidentemente que tenho outros projetos em vista. Gosto muito de trabalhar na TV e talvez seja esse o meu caminho no futuro”, revela.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

A Copa do Povo

O assassinato do ativista Eugene Terre’Blanche na África do Sul, dois meses antes da Copa do Mundo, reavivou a lembrança da população sul-africana em relação ao regime de segregação racial que assolou o país por mais de 40 anos, o Apartheid. Em tempos de expectativa sobre a realização da primeira edição no continente do evento que consegue reunir países do mundo em torno de disputas pacíficas, faz-se lembrar o clima de preconceito que dominava o país.

Em 1948 os brancos de origem européia assumiram o controle político do país e instituíram uma lei que pregava a segregação racial. O Apartheid durou até 1990, quando o líder negro Nelson Mandela foi libertado da prisão – submetido desde a década de 60 devido as suas manifestações contra o regime. Durante o Apartheid, os negros eram impedidos de participar da vida política, não tinham acesso à propriedade da terra e eram obrigados a viver em zonas residenciais determinadas pelo governo. O casamento inter-racial era proibido e havia um controle da circulação de negros pelo país.

Para quem for à África do Sul, é recomendado visitar o Museu do Apartheid, em Johannesburgo. Fotografias, painéis e vídeos documentam conflitos, crimes políticos e movimentos estudantis. Apesar de existirem mais de 11 idiomas no país, o inglês é suficiente para a comunicação.

Durante os jogos da Copa, será proibida a exibição nos estádios da bandeira que representava a África do Sul durante o período do Apartheid. Desde 1994, quando Nelson Mandela chegou à Presidência, uma nova bandeira, mais colorida para representar a diversidade cultural e racial daquele país, substituiu a anterior por meio de uma eleição.

Curiosidades:
Dois sul-africanos já ganharam o prêmio Nobel, ambos são negros: Nelson Mandela (1993) e Desmond Tutu (1984).
Na África do Sul, apenas 9,5% da população é de brancos. *
*dados da agência de estatísticas da África do sul

terça-feira, 23 de março de 2010

O golaço do Felipe Mattioni

O lateral-direito do Maallorca, Felipe Mattioni, ex-Grêmio e emprestado pelo Milan até o fim da atual temporada, marcou um golaço no último final de semana.

A partida foi contra o Atlético de Madrid. A jogo já estava chegando perto do apito final quando Felipe acertou um petardo de fora da área e fechou o placar de 4 a 1 para o seu time.

Confira o vídeo:




Nesse momento, tanto os dirigentes do Grêmio, por terem vendido o atleta, quanto os do Milan, por terem emprestado o jogador, devem estar muito arrependidos.


O QUE VOCÊ ACHOU DO GOL DO FELIPE MATTIONi? DÊ UM PITACO NESSE ASSUNTO.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Monty Python e o jogo entre filósofos

Encontrei no You Tube um vídeo hilário do grupo de humor Monty Python feito a muitos anos atrás.

Se chama A Partida de Futebol dos Filósofos.

O jogo em questão é entre a Alemanha de Hegel, Nietzsche e Beckenbauer e a Grécia de Platão, Aristóteles e Sócrates.

E a arbitragem fica a cargo do sábio chinês Confúcio.

Assista ao vídeo:




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quinta-feira, 4 de março de 2010

Trecho de filme mostra jogo do Racing

O filme argentino que concorre ao Oscar de melhor filme estrangeiro, El Secreto de Tus Ojos, mostra uma sequência extraordinária.

A cena acontece em pleno Estádio Avellaneda, durante uma partida entre Racing e Huracán. As gravações ocorreram numa partida recente entre as duas equipes, mas no filme a história se passa nos anos 70.

Assista ao trecho do filme:



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sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Os Piratas do Rock


"The Boat That Rocked" é um filme para quem gosta de boa música (leia-se Rock and Roll) e de histórias de transgressão que moldaram o século XX.

Com a direção de Richard Curtis e com um elenco de peso, incluindo o oscarizado Philip Seymour Hoffman, o filme aborda, com muito humor e irreverência, as peripécias ocorridas no interior de um barco de pesca que abrigava uma das rádios piratas com maior audiência na Inglaterra dos anos 60, a rádio Caroline.

Naquela época, as maiores emissoras de rádio do Reino Unido - especialmente a BBC - se recusavam a transmitir a música popular do momento: o Rock and Roll.

A partir daí, começaram a surgir as rádios piratas em lanchas, veleiros e barcos na costa da Inglaterra. Sendo que a maior delas, a Caroline, detinha a audiência de nada mais nada menos do que 25 milhões de pessoas, ou seja, metade da população inglesa.

É claro que isso não poderia ficar barato para os piratas do rádio. Então, os executivos da BBC, juntamente com alguns políticos conservadores, conseguiram, após muitas tentativas frustradas, criar um projeto de lei que acabou fechando as portas - ou melhor, escotilhas - de todas as rádios pirata existentes no país.

Entretanto, esse é apenas o pano de fundo do filme. Na verdade, o tema central da comédia está, sem dúvida, nas relações de amizade entre os integrantes da rádio. Cada personagem tem suas peculiaridades e deixa as suas marcas na película.

As festas que ocorriam periodicamente no barco e que tinham como convidadas garotas que mandavam cartas para seus ídolos, os quais eram conhecidos muitas vezes apenas pelas suas vozes e frases de efeito, são divertidíssimas e abrem espaço para outro assunto abordado no filme: a questão da liberação sexual da juventude que hoje já vive a sua maturidade.

As duas horas e quinze minutos de duração do filme não são notadas, já que o ritmo frenético dos acontecimentos dentro do barco são inquietantes. A música rola solta e a trilha sonora do filme é algo sensacional.

Vale a pena ver e rever.

Assista ao trailer clicando aqui.


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terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Um lateral-direito para o Grêmio

Percebe-se que os dirigentes do Grêmio não estão tendo sucesso na busca por um lateral-direito. Eles estão procurando um jogador mais marcador e menos ala, ao melhor estilo europeu. Entretanto, isso não é algo tão raro assim. Basta dar uma boa vasculhada por aí que se encontra muita gente boa.

Há quem diga que jogador que faz sucesso nas divisões inferiores à Série A do Campeonato Brasileiro só se consagra por que os adversários são fracos. Exemplos disso não faltam, como o de Herrera, pelo Corinthians, em 2008. Mas, também existem casos que deram certo após uma boa temporada nas séries B ou C, como o de Keirrison, pelo Coritiba, em 2008.

Pensando assim, fui em busca de informações sobre os destaques das séries B e C do Brasileirão em 2009. E foi assim que eu encontrei uma ótima dica para os mandatários do futebol gremista. Ou para quem mais tiver interesse.

O nome dele é Danilo, tem 18 anos, e atua no América-MG. Nascido em Bicas, MG, o atleta tem 1,84m e se enquadra muito bem no quesito segurança defensiva. Porém, foi na parte ofensiva que o jogador chamou mais a atenção atuando na Série C de 2009.

Leia o que escreveu Rafael Arrais, do site Olheiros:

"Rápido, impetuoso e bom finalizador, o jovem Danilo impressionou na Copa São Paulo de 2009 e rapidamente ganhou lugar entre os profissionais do Coelho. Na campanha do título da Série C, ele participou de nove jogos como titular, sempre mostrando muita qualidade no apoio ao ataque. As especulações sobre uma transferência para o Internacional são cada vez mais fortes, mas, ao que parece, os dirigentes do América querem segurá-lo para obter um lucro maior com uma venda futura."

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