Rodrigo Caetano, um homem de visão

O Brasil de Pelotas do primeiro semestre de 2009 foi mal em todos os sentidos. O grupo do Brasil no campeonato Gaúcho não animava (e nem poderia) nenhum dos torcedores xavantes. Eram poucos os atletas que tinham alguma qualidade técnica - estavam entre os melhores os falecidos Cláudio Millar e Régis, além do goleiro Danrlei. Isso é o que a maioria pensava, pois no decorrer da competição um jogador se sobressaiu: o meia Magno.

Como a dupla Gre-Nal não teve capacidade de observar melhor esse jogador (que a meu ver era muito individualista), outro time teve a oportunidade de contratá-lo: o Vasco, do Rodrigo Caetano. Com um olhar telescópico, Caetano encontrou no esfalecido Brasil de Pelotas um meia abilidoso e que, bem preparado taticamente por um treinador competente como o Dorival Júnior, deve dar ótimos frutos à equipe do Rio de Janeiro. 

Esse profissional possui desde os tempos em que trabalhava para o Grêmio uma enorme capacidade de encontrar jogadores jovens, de qualidade e sem qualquer tipo de badalação por parte da mídia, ou seja, jogadores baratos. Ele foi, ao lado do Paulo Pelaipe, a mente por trás dos times montados pelo tricolor nestes últimos anos, que eram bons e financeiramente viáveis acima de tudo. Além disso, o trabalho nas categorias de base renderam muitos frutos ao Grêmio, o que deve se repetir agora no Vasco da Gama. A essa equipe, Caetano já levou daqui do sul, especificamente do Internacional, o zagueiro Titi e o lateral-esquerdo Ramón, que vem atuando muito bem pela equipe carioca.

Agora é só lamentar mesmo a saída do Rodrigo Caetano, pois nós ouviremos falar bastante dos feitos que ele certamente fará no centro do país. Essa lamentação vale, obviamente, à direção gremista por tê-lo deixado ir embora na virada desse ano. E pensar que o Celso Roth foi mantido e o Caetano não.

 

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